Obra fenomenal. Desde que caiu em minhas mãos em 2009, tirou-me o sono. Romance histórico de autoria feminina, plasmado pela perspectiva de uma escrava, que busca vigorosamente sua identidade e agência. Personagem complexa, sujeito cindido entre duas culturas, diaspórica, colonizada, criança, mulher-negra-brasileira-africana, líder, mãe, escrava de ganho, liberta, comerciante, idosa e avó, Kehinde parece ter sido cunhada para corporificar os milhares de rostos e vozes femininas negras, violentadas e silenciadas, que poderiam ter contado a sua história de sobrevivência e, mais do que isso, as batalhas para se descolonizarem como mulheres e como escravas.
TRATA-SE DA PERSONAGEM KEHINDE, DA MEMÓRIA DOS SEUS MAIS DE SEUS OITENTA ANOS DE VIDA. OBRA SINGULAR, PERSONAGEM SINGULAR.
QUE ADMIRÁVEL ESSA ANA MARIA GONÇALVES, QUE CORAGEM DE SEGUIR AS PISTAS DO "ACASO" PARA TECER O ROMANCE. CORAGEM PARA SUBMERGIR À PESQUISA, A SE ENTREGAR À ESCRITA, À LITERATURA.
Obra fenomenal. Desde que caiu em minhas mãos em 2009, tirou-me o sono. Romance histórico de autoria feminina, plasmado pela perspectiva de uma escrava, que busca vigorosamente sua identidade e agência. Personagem complexa, sujeito cindido entre duas culturas, diaspórica, colonizada, criança, mulher-negra-brasileira-africana, líder, mãe, escrava de ganho, liberta, comerciante, idosa e avó, Kehinde parece ter sido cunhada para corporificar os milhares de rostos e vozes femininas negras, violentadas e silenciadas, que poderiam ter contado a sua história de sobrevivência e, mais do que isso, as batalhas para se descolonizarem como mulheres e como escravas.
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QUE ADMIRÁVEL ESSA ANA MARIA GONÇALVES, QUE CORAGEM DE SEGUIR AS PISTAS DO "ACASO" PARA TECER O ROMANCE. CORAGEM PARA SUBMERGIR À PESQUISA, A SE ENTREGAR À ESCRITA, À LITERATURA.